Início aqui uma série de artigos onde tentarei analisar situações relativas ao basquetebol e à forma de trabalhar nesta modalidade. Começando pelo início, discuto o tópico do contexto. É óbvio que cada um de nós vai construindo uma ideia daquilo que pretende fazer perante uma oportunidade de trabalhar numa equipa, seja como jogador, técnico ou dirigente. Mas será sempre o contexto a definir, no concreto, como é que as nossas ideias se poderão ligar à realidade que encontramos.
Por muito boas ideias que possas ter, o essencial é que comeces por ouvir. Ouvir as pessoas que estão já no clube, entender os seus objetivos, compreender as implicações desses objetivos com as linhas que tens traçadas para ti. A chave do aproveitamento do teu trabalho estará aí. Ao ouvir e compreender os outros, poderás desde logo começar a adaptar as tuas ações ao cumprimento do objetivo primordial: o sucesso coletivo.
Para além de ouvir, é preciso saber ver o contexto onde te inseres. Qual o passado do clube, algo que mexe sempre com as expetativas de quem trabalhará contigo e de quem acompanhará esse trabalho, os adeptos e os amigos que estarão à volta da equipa. Ver implica olhar bem todos os pormenores que compõem um pavilhão, o ambiente à sua volta, as suas paredes. Haverá também que compreender a história desse lugar. A vida de um clube dá muitas voltas, mas saber das suas referências essenciais é sempre um excelente modo de adquirires trunfos que façam o seu trabalho ser melhor aceite.
Finalmente, não deixes de tentar, sempre, conhecer o que acontece à tua volta. Seja nas pessoas ou na instituição, tenta conhecer cada pormenor, cada decisão, cada dúvida, cada evento. Ao conhecer bem quem te rodeia (e o quê), estarás preparado por antecipação para resolver problemas e dificuldades. Esse conhecimento dar-te-á também a possibilidade de somares desafios à equipa, de maneira a que a ambição e a vontade do grupo possam estar, constantemente, em crescimento.
Talvez pareça que escrevi muito pouco sobre basquetebol para um texto que se quer sobre este desporto. Mas o fenómeno desportivo tem essa mesma ambivalência, constitui-se de um encontro de gente que adora o que faz e que procura forma de o fazer resultar coletivamente. Espero, por isso, que estas chaves sirvam bem para abrir portas nas vossas experiências.
Deixem os vossos comentários, dúvidas e desafios, para que a conversa possa continuar.
13/07/2013