Semana 1 – À semelhança da experiência do ano passado, em que ao final de cada semana de trabalho tentei elaborar uma reflexão sobre o mesmo, regresso a esse exercício que me parece tão essencial para poder fazer do treino um processo de evolução contínua para todos os intervenientes.
Começámos com o lema “Olha para o futuro e ver um caminho”, frase que contaminou o planeamento daquilo que vai ser o trabalho ao longo da temporada. A primeira semana foi sobretudo dedicada a conhecer o grupo, já que tendo mudado para a liderança de uma equipa de Sub-14 femininos, poucas eram as jogadoras com quem tinha trabalhado diretamente no ano passado (à parte alguns convívios de minibasket).
Por muito que a preocupação passe por dominar todos os pormenores relativos aos jogo que estamos a trabalhar, parece-me essencial que as ligações humanas possam prevalecer, de maneira a criar uma base sólida de confiança para tudo o que se seguirá. Estando perante um grupo de crianças entre os 10 e os 14 anos, de personalidades bem diferentes, precisamos de elaborar um processo de trabalho que encare essas diferenças como um motor para a participação de todas.
Das conversas iniciais, pressente-se que o “querer ser melhor” é um objetivo que toca a quase todas. E se podemos fazer um resumo da dedicação ao treino, a verdade é que este grupo dá excelentes sinais em termos de dedicação. Por outro lado, temos ainda entre nós quem não esteja preparado para treinar (o seu grau de evolução ainda se situa na brincadeira e não na aprendizagem), pelo que o foco terá que continuar a repartir-se por aquilo que é um caminho para a evolução dentro do jogo e um outro para a evolução dentro do processo pessoal.
Começar a quebrar o gelo da timidez e reconhecer os pequenos mundos que se desenvolvem de cada uma das atletas, é o primeiro desafio da temporada.
Segunda-feira há treino!