Luís Cristóvão

Grupo A ou o estar em casa

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Somos muitas vezes levados a falar das vantagens de jogar em casa, mas também há muito boa gente que prefere fazer a sua vida por fora, evitando assim pressões, excesso de ambição e uma obrigação que o estar em casa nem sempre nos torna mais leves.

Mas, desta vez, a França jogou em casa também no sorteio, beneficiando de um grupo acessível, melhorando o rebuçado com um início frente ao conjunto mais humilde dos três que terá que defrontar. A Roménia bem pode soar a grandes feitos para aqueles que acompanharam as suas equipas nos anos 90, mas de então sobra apenas o treinador Anghel Iordanescu, regressado da reforma para jogar mais um Europeu.

Entre Suíça e Albânia decidir-se-á, muito provavelmente, o segundo classificado. É o típico confronto entre país de origem de uma vasta comunidade emigrante e o país de acolhimento. Ao ponto de termos prometido um duelo entre os irmãos Xhaqa, ambos nascidos em Basileia, mas agora cada um do seu lado da barricada. Quem se sentirá mais em casa, dos dois?

Prefiro, no entanto, apontar para o França – Albânia, de 15 de junho, como o jogo grande deste grupo. Os albaneses, como bons lutadores sob o comando de general italiano, têm uma especial apetência para incomodar as equipas mais fortes no seu território. Estar em casa soa a metáfora para conforto, mas a lida da casa pesa sempre mais para quem nela mora.

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