Luís Cristóvão

Quando junho foi Platini

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Junho de 1984 confundiu-se com Michel Platini. No Europeu disputado em França, o mago francês não só garantiu o título para a sua seleção, como reservou um lugar na história, ao sagrar-se o melhor marcador de todos os Europeus. Em cinco encontros, Platini teve o condão de marcar nove golos, tendo-o feito em cada uma das partidas, sendo decisivo em três delas.

Tudo começou frente à Dinamarca, jogo de maiores dificuldades para os franceses em termos ofensivos, com Platini a marcar o golo solitário. Na jornada seguinte, a maior goleada da prova, ao bater os rivais belgas por 5-0. O número dez francês, que na altura representava  Juventus, marcou o seu primeiro hattrick da prova. O segundo veio logo a seguir, a 19 de junho de 1984 (faz hoje trinta anos), para uma apertada vitória frente à Jugoslávia por 3-2.

O jogo que está gravado na memória dos portugueses, foi também o mais dramático para os franceses. Na meia-final frente a Portugal, depois do empate a uma bola no fim dos noventa minutos, Jordão fez o segundo para dar vantagem aos lusitanos. Depois da partida voltar a ficar empatada, surgiu o inevitável golo de Platini, ao minuto 119, para empurrar os gauleses para a final. No encontro decisivo, novo duelo latino, numa final marcada pelo frango de Arconada, que deixou passar de forma infantil a bola vinda de um livre de Platini.

O seu caminho no futebol nunca mais o colocou em posição tão brilhante e admirável como naquele verão de 84. A sua frágil carreira de treinador e vergonhosa prestação enquanto dirigente mancharam-lhe o nome. Mas, para os “puros”, Platini será sempre sinónimo de magia e imortalidade.

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