Luís Cristóvão

Afinal não há novidades

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27 de junho de 2016, passada a ressaca do apuramento para os quartos-de-final da equipa portuguesa, parece ser mais tema de conversa o “pouco” que Portugal jogou ou o “muito” que defendeu perante a Croácia do que propriamente o sucesso daquilo que a equipa conseguiu. No entanto, a pergunta que deveria ecoar nos meios de comunicação deveria ser a mais simples. Afinal, “como é que se joga contra a equipa que acaba de vencer a Espanha?”. E nem precisamos de recuar muitos anos para encontrarmos resposta.

27 de junho de 2012. Portugal joga as meias-finais do Europeu frente à invencível Espanha. A equipa portuguesa é pouco convincente, segura num meio-campo de recuo, pronta a segurar o ímpeto dos adversários para lhes responder com a explosão de Cristiano Ronaldo e Nani. Os espanhóis tomam conta da bola, mas não conseguem marcar. Portugal sobrevive ao prolongamento e aponta às grandes penalidades, onde finalmente pode jogar de olhos nos olhos com Espanha.

Com João Moutinho e Xabi Alonso a falhar o primeiro tiro, pensava-se que a decisão poderia vir a ser demorada. Mas Bruno Alves acabou por desperdiçar o quarto penalti de Portugal e com Fàbregas a acertar, os espanhóis fizeram a festa. Afinal não havia, como não há, novidades. Mas quatro anos depois, a sensação é de que uma lição foi aprendida.

Venham daí os próximos testes!

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