Luís Cristóvão

Os oito melhores

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Já só sobram oito equipas que podem alimentar o sonho de serem campeãs europeias e estas são as melhores da Europa, como ficará para sempre registado no arquivo de 2016. Das oito, podemos dizer que cinco eram esperadas neste nível, com uma delas a poder também contar-se como provável e duas sendo autênticas surpresas nos quartos-de-final do Euro. Estão prontos para perceber o que vai acontecer nos próximos dias?

Quinta-feira, em Marselha, a Polónia encontra Portugal. Será o jogo mais esperado pelos portugueses que à entrada para a prova se consideravam favoritos e, pelo caminho, perceberam que são mortais. Todos os grandes feitos da Seleção Nacional têm este desenho, de provar o inferno antes de subir aos céus, pelo que encontrar a Polónia parece, agora, um destino seguro para se continuar em prova. Mas, do outro lado, há uma força física movida pela crença e velocidade dos seus extremos, com Milik e Lewandowski prontos a atirar ao golo. Num encontro entre conjuntos que se consideram ambos merecedores de mais reconhecimento, o poder de fogo pode ser decisivo. Valha-nos São Cristiano Ronaldo!

Sexta-feira, em Lille, será a vez da Bélgica jogar praticamente em casa perante o País de Gales. É bem verdade que existe Gareth Bale, mas poucos esperariam ver os galeses atingir este nível. No entanto, ultrapassando os adversário que lhe têm saído ao caminho com acerto defensivo e capacidade de marcar na transição, o País de Gales vai encontrar uma equipa que, nas ideias, lhe é muito semelhante, mas, no talento, lhe é superior. Há muito mais gente a criar no último terço dos belgas, sobretudo depois de Hazard ter mostrado como se faz no encontro dos oitavos-de-final. Se bem que as grandes certezas, neste Euro, parecem sempre ficar hipotecadas pela capacidade de surpreender dos conjuntos ditos mais fracos, este é o jogo para quem joga em “casa”.

Sábado, em Bordéus, o jogo pelo qual todos esperamos. Em todas as fases parece haver uma espécie de final antecipada e, em todas elas, aparece a Itália. Depois de baterem a Bélgica, na fase de grupos, e a Espanha, nos oitavos, o desafio cresce ao ponto de terem pela frente uma Alemanha que volta a sugerir-se imperial. Será, sem dúvida, o jogo deste Euro. Uma Itália que se adapta ao seu adversário, retirando-lhe o espaço vital e procurando, com Pellè na frente de ataque, encontrar um caminho salvador para os seus desejos de títulos. Já a Alemanha joga com a tranquilidade na mochila, como se soubesse previamente que as coisas lhe serão favoráveis. Uma partida entre equipas com muitas certezas, mas com a dolorosa realidade de apenas uma poder seguir em frente.

Finalmente, domingo, em Paris. O Stade de France recebe a menina dos seus olhos, uma seleção francesa que ainda parece jogar sobre brasas, com Pogba à procura do espaço para o seu futebol, enquanto Griezmann aparece como referência, sobretudo quando lhe dão o corredor central do ataque. Mas há ainda Payet, a vestir a capa de super herói, pronto para enfrentar os inimigos que lhes chegarem pela frente. Quem chega, para os quartos-de-final, é a Islândia, mentores do mais belo sonho deste Euro 2016, em comunhão perfeita com os seus adeptos, sabedores exímios das suas forças e capazes de obrigar o adversário a jogar no seu tabuleiro. Jogo difícil para a França, que entra com tudo a perder, sabendo que uma vitória será, quase sempre, vista como um alívio.

Que quatro seguirão para o desafio seguinte?

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