Luís Cristóvão

Dia de São Silvestre Varela

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Na ressaca dos Santos Populares, Portugal parou na tarde de 13 de junho de 2012 para assistir ao Dinamarca – Portugal. O contexto tinha-nos colocado em posição de vitória obrigatória, depois de termos cedido perante a Alemanha na primeira jornada, com os dinamarqueses a surpreenderem a seleção da Holanda.

A equipa de Paulo Bento surgiu embalada para a resolução rápida do problema, com Pepe e Hélder Postiga a marcarem na primeira parte, mas Nicklas Bendtner haveria de reduzir ainda antes do intervalo. O mesmo Bendtner que, a dez minutos do fim, colocou o resultado de novo empatado e Portugal com vistas para a eliminação precoce.

Pronto a arriscar, o técnico português tirou do campo Raul Meireles e chamou Silvestre Varela. Portugal insistia conta a muralha dinamarquesa, mas a bola insistia em não ultrapassar os fortes defesas que vestiam de encarnado. Até que, depois de um centro de Fábio Coentrão, Varela enrola a bola entre as pernas, falhando o remate de pé esquerdo, para logo de seguida apontar com o pé direito para o fundo das redes de Stephan Andersen.

Apenas três minutos em campo e Silvestre Varela ganhava a aura de santo salvador das esperanças portuguesas. Depois de ter ficado à beira da despedida, haveria de resistir até às meias-finais.

Foi há quatro anos.

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