Luís Cristóvão

A revisão dos prognósticos (1ª jornada)

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Agora que já se disputaram todos os doze encontros da 1ª jornada, tendo havido oportunidade para ver as 24 seleções presentes neste Euro 2016, chegou o momento de rever os prognósticos.

No Grupo A, apesar de mais dificuldades do que o esperado, a França mantém todas as probabilidades de ser primeira classificada. A boa prestação da Roménia leva a equipa veja subir a sua cotação, tendo agora oportunidade de ouro perante uma Suíça que controlou, mas não espantou. A Albânia jogou debaixo de um excesso de ansiedade que terá que abandonar rapidamente se quiser ter capacidade para atingir os oitavos-de-final.

No Grupo B, o empate entre Inglaterra e Rússia deixa tudo em aberto. O País de Gales já somou três pontos e poderá encarar com tranquilidade os dois jogos que faltam, sendo que um ponto lhe garantirá o apuramento. A Inglaterra tem mais equipa, mas não tem capacidade de variação tática durante o jogo. A Rússia tem muito talento, mas pareceu perdida durante grande parte do tempo de jogo. E falta ainda a Eslováquia, que apesar da derrota, não estará assim tão longe dos seus competidores. Mantém-se a aposta inicial.

Grupo C e a Alemanha a demonstrar-se como o grande favorito à vitória no torneio. Resposta para todo o tipo de problemas, mesmo contra uma Ucrânia que esteve muito bem no encontro e que mostrou ter potencial para lutar pelo segundo lugar. A Polónia sentiu dificuldades perante uma Irlanda do Norte muito fechada, que dificilmente terá capacidade para pontuar. O interesse estará mesmo inteiro na luta pela segunda posição, num jogo que irá fechar o grupo.

O Grupo D tem o outro grande candidato, a Espanha, mesmo que La Roja tenha tido imensas dificuldades para ultrapassar uma República Checa bem organizada. Piqué desbloqueou o que os avançados não conseguiram quebrar, mas ainda assim as soluções parecem estar à disposição de Del Bosque. A Croácia encantou com o seu perfume, vencendo uma Turquia lutadora mais limitada, e poderá dar alguma luta ao conjunto espanhol pela vitória no grupo. Ainda assim, conte-se com a República Checa como uma equipa muito chata e com capacidade para surpreender.

No Grupo E a Itália mostrou ao que vem. Extrema organização, enorme conhecimento do jogo e muita consciência das suas qualidades e limitações. Deu uma lição à Bélgica que parece pouco dotada em termos táticos para fazer jus a todas as expetativas que a criatividade do seu meio-campo anuncia. Uma enorme desilusão, os belgas, que não terão vida fácil frente às outras equipas do grupo. A República da Irlanda fez um excelente jogo e poderá lamentar não ter somado os três pontos. Ainda assim, terá fibra suficiente para dificultar a vida aos belgas. Já a Suécia parece depender em demasia de Zlatan Ibrahimovic, mas quando Zlatan apareceu – e apareceu uma vez – marca golo.

O Grupo F parece ser aquele que mais incertezas criou nesta primeira jornada. Portugal ficou aquém das expetativas e somou apenas um ponto, criando problemas, sobretudo, para a Áustria, que foi surpreendida por uma Hungria com pés e cabeça. A vitória dos húngaros abre, desde logo, a oportunidade desta equipa conseguir ficar, pelo menos, em terceiro lugar, impondo algum stress competitivo aos adversários. Apesar da fragilidade na leitura do jogo e no seu planeamento defensivo, Portugal mantém-se como favorito, sendo difícil perceber se a Islândia beneficiará de tantas segundas bolas frente a uma Hungria que poderá ser muito mais cínica. A fazer contas de pelos dedos que, depois do que mostraram hoje, terão que ter uma cara bem diferente no próximo sábado, até porque Portugal entra com algo a provar.

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