Luís Cristóvão

Petro de Luanda vence primeiro título da temporada

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Depois de vencer por 1-0 em casa, o Petro de Luanda alcançou um empate no Calulo, frente ao Rec. Libolo, a uma bola, assegurando assim a conquista da Supertaça de Angola. Liderada pelo técnico angolano Miller Gomes, a equipa petrolífera apresentou credenciais para se lançar na luta pela conquista do Girabola 2013, que se inicia esta semana.

O destaque da equipa do Petro vai para o seu meio-campo, área do jogo onde se superiorizou ao Libolo na primeira mão, de uma forma bem dominadora, e onde esteve a chave da reação que lhe valeu o empate fora. Osório não está na sua melhor forma física, mas é um jogador de enormes qualidades, que ocupa bem o terreno e tem, sobretudo a nível ofensivo, uma elevada preponderância na sua equipa. A bola costuma sair direita do seus pés, permitindo que Chará, Dany e, sobretudo, Job, que ocupa o corredor esquerdo, utilizem a sua velocidade sobre os adversários.

Job surgiu muito jovem ao serviço do ASA, mas tem feito grande parte da sua carreira no Petro. Aos 25 anos, está num excelente momento da sua evolução, sendo hoje um jogador muito mais constante nas ações que desenvolve. Utilizando sempre a velocidade, Job tem boa técnica e demonstrou, no jogo da segunda mão, que também pode beneficiar de qualidade de remate na área. Na frente de ataque do Libolo surge o seu jogador de maior nomeada. Flávio Amado regressa ao Girabola e ao seu clube de formação, no entanto, está ainda muito longe do seu melhor fisicamente. Não deixa, porém, de mostrar excelentes pormenores técnicos.

No jogo da primeira mão, teve em Benjamin um companheiro de ataque muito ativo, que poderá ser uma excelente mais-valia durante o campeonato. A jogar fora, e a pensar mais na gestão do resultado, esteve muito isolado na frente de ataque, o que veio a sentir-se pela pouca capacidade petrolífera de segurar o Libolo na defesa. Só com a entrada de Mabululu, um jovem possante que promete trazer mais garra saído do banco, o Petro voltou a criar perigo.

Na defensiva, o Petro tem excelentes opções para o corredor central. Etah e Bastos levam a preferência de Miller Gomes, fazendo com que Cláudio Borges tenha que ser adaptado à esquerda, onde ainda é um peixe fora de água. No entanto, isso oferece bastante solidez ao momento defensivo do Petro, apenas excluindo Mabiná, o lateral direito, que é um jogador de vocação ofensiva e deixa, demasiadas vezes, espaço aberto para que o adversário o explore. Quando Henrique Calisto chamou Pedro Marques para ocupar o flanco esquerdo do ataque do Libolo, a equipa do Petro ressentiu-se e foi daí que surgiu o golo dos da casa.

Na baliza, o Petro mostra ter duas opções de relevo. Lama, titular da seleção angolana, será seguramente o titular. Mas não estando em condições de ser utilizado na Supertaça, Jotabé ocupou o seu lugar. Sobretudo na primeira mão, a sua experiência e qualidade permitiram que o Petro não sofresse golos. É um guarda-redes alto e com excelente nível de eficiência. Pena que, aos 32 anos, não deva ambicionar a mais do que ser um suplente de luxo.

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