Grupo A – Vizinhas e Outsiders
Com a Holanda, a jogar em casa, a merecer especial atenção devido à aposta feita pela Federação local nesta prova, o Grupo A oferece vários motivos de interesse. Por um lado, o facto da Holanda encontrar-se com a sua vizinha, a estreante Bélgica, enquanto o grupo se completa com dois países que podem ser considerados outsiders na prova, Noruega e Dinamarca.
Segunda classificada e semi-finalista da última edição, as duas equipas nórdicas poderão encontrar dificuldades para ultrapassar o conjunto da casa. E se contas houverem a saldar na derradeira jornada deste grupo, será frente à Bélgica, em ambiente de rivalidade, que a Holanda terá que confirmar o seu estatuto.
No que toca a jogadoras, destaque para dois avançados. A holandesa Vivianne Miedema, que recentemente assinou pelo Arsenal, e a norueguesa Ada Hegerberg, considerada a actual melhor jogadora da Europa pela UEFA.
Grupo B – Rivalidade olímpica
Abrindo com um reencontro entre as duas equipas que jogaram a final dos Jogos Olímpicos 2016, o Grupo B parece não deixar muito espaço para se contar uma história. Alemanha e Suécia são as grandes favoritas para o apuramento e tudo parece indicar que poderão cumprir com a sua missão sem a interferência das equipas adversárias.
A Itália persegue um regresso à glória, que lhe permitiu nos anos 90 atingir duas finais, mas a dureza do grupo não lhe parece dar grandes hipóteses. Já a Rússia nunca conseguiu ir além da fase de grupos e nem com o alargamento encontra um contexto favorável para bater o seu recorde.
O duelo entre Dzsenifer Marozsán, marcadora de um dos golos na final Olímpica conquistada pela Alemanha, e a guarda-redes sueca Hedvig Lindahl promete ser um dos mais quentes da fase de grupos.
Grupo C – Tempo de adaptação
A França é encarada como uma das favoritas à vitória final e terá neste Grupo C tempo suficiente para se adaptar ao ritmo do campeonato. O seu principal opositor é a Islândia, que em 2013 alcançou os quartos-de-final, somando assim o seu melhor resultado de sempre na prova, mas que não poderá contar com Margrét Lára Vidarsdóttir, que está lesionada. A ausência da sua principal ameaça ofensiva deixa dúvidas sobre que papel terá o conjunto islandês.
As outras duas equipas do Grupo são estreantes nestas andanças. A Áustria tem um grupo de jogadores de enorme influência alemã, com 14 delas a actuarem na Bundesliga, sendo que já em 2013 ficou à beira do apuramento. A Suíça é uma das beneficiadas do alargamento, ainda que tenha marcado presença no Mundial de 2015 no Canadá.
A capitã francesa Wendie Renard é uma figura a ter em conta neste grupo, onde a suíça Ramona Bachmann, que actua no Chelsea, pode também ganhar destaque na estreia no Euro.
Grupo D – Ibéricas e Britânicas
Portugal fará a sua estreia neste nível competitivo com o treinador Francisco Neto a referir a capacidade de adaptação ao ritmo de jogo como o principal desafio das suas jogadoras. Cláudia Neto é a figura central da equipa portuguesa, com as campeãs nacionais do Sporting e as vice-campeãs do SC Braga a comporem a maior parte do plantel.
A estreia portuguesa terá benção ibérica, frente a uma Espanha que foi semi-finalista em 1997 e atingiu os quartos-de-final na última edição. A grande favorita é, no entanto, a Inglaterra, que depois do brilharete no último Mundial está apostada a alcançar o seu melhor resultado de sempre num Europeu, onde nunca ultrapassou a fase de grupos. Jill Scott, como média-ofensiva, será uma das jogadoras a ter em conta.
A Escócia é outra das estreantes nestas andanças e, tendo em conta a experiência de jogadoras a actuar em Inglaterra e nos países nórdicos, deverá apresentar um ritmo elevado, podendo competir pela entrada no grupo das quarto-finalistas.
Segue os jogos, em directo, nos canais Eurosport.