Luís Cristóvão

O desafio de cada treinador na Taça da Liga

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A Final Four da Taça da Liga junta os primeiros quatro classificados da Liga portuguesa, com cada treinador a chegar a Braga com um desafio particular.

Conceição no momento da decisão em dia de estreia de Lage

Sérgio Conceição guardou essa mágoa relativamente à temporada passada. Duas presenças em meias-finais de taças, duas eliminações sem conseguir jogar por mais um troféu que se juntasse ao título nacional. Em ambas as ocasiões, eliminado no desempate por penáltis frente ao Sporting. Esta noite, enfrenta essa memória, de novo em Braga, mas frente a um Benfica que evoluiu em consistência. Para o treinador do FC Porto, no entanto, o adversário é secundário. O seu grande desafio é chegar a uma final em representação dos Dragões.

Noite de estreia para Bruno Lage, no seu primeiro clássico no comando do Benfica, na sua primeira meia-final. Não espanta, por isso, que o técnico, na antevisão, tenha afirmado que se jogará, já hoje, uma final. É essa a sensação que domina uma equipa encarnada que procura viver melhor com aquilo que tem. Bruno Lage regressa a um 4-4-2 bem conhecido da maioria dos jogadores, substituindo o dínamo individual, que era Jonas, e agora é João Félix, para uma instantânea melhoria da qualidade de jogo. Ainda assim, em testes duros frente ao Vitória de Guimarães, percebeu-se o imenso trabalho que há a fazer. O desafio do treinador do Benfica é passar mais uma prova dura, contra um adversário forte. Sim, nesta fase, conta muito mais o resultado do que a exibição. Lage sabe disso.

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Braga, em casa, finalmente, perante Sporting em busca de reconhecimento

Para Abel Ferreira, as taças da temporada passada iniciaram uma via sacra nas provas a eliminar. Foi o cair na fase de grupos da Taça da Liga, a eliminação da Taça de Portugal frente ao Rio Ave, a eliminação, já esta época, da Liga Europa frente ao Zorya. Mas a série de insucessos permitiu, ao mesmo tempo, forte aprendizagem para o treinador bracarense. Com um plantel equilibrado em opções, o Braga mantém-se no pódio da Liga e tem, nesta prova, o seu grande objetivo em termos de taças, até por jogar em casa. O desafio passará pela afirmação do Sporting de Braga como concorrente direto dos três grandes, conquistando a Taça da Liga em casa. Na meia-final, terá o Sporting como oponente, a equipa, das outras três, com quem lhe tem sido mais acessível superiorizar-se.

Marcel Keizer vive o período após a “lua-de-mel” que significou uma chegada plena de goleadas e de afirmação de uma maneira diferente de ver o jogo. As primeiras dificuldades levaram-no, claramente, a duvidar dessas ideias e, em Tondela, na receção ao FC Porto e na segunda parte frente ao Moreirense, foi uma equipa bastante longe das promessas de identidade aquela que se viu. Na sua primeira meia-final com a equipa leonina, e logo no terreno do adversário, o técnico holandês terá como desafio expôr a identidade que perfila para a sua equipa, se o conjunto que pretende ter bola e criar dificuldades ao adversário, se a equipa que, consciente das suas fragilidades, se defende dos avanços do rival. Aconteça o que acontecer, quarta-feira será uma boa noite para ficarmos a conhecer melhor o que será o futuro do treinador do Sporting.

Este jogo é para ouvir na rádio. Transmissão em direto da Antena 1, a partir das 19h45 de quarta-feira, com o relato de Pedro Ferreira, os comentários de Luís Cristóvão e a reportagem de Paulo Vidal.

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Ainda por ocasião desta Final Four, escrevi para o Expresso o artigo “Porque esta Taça da Liga nos dá gozo apesar das dúvidas que temos sobre o nosso futebol”, onde se fala de competitividade, entretenimento, finanças, futebol e crise. Vale a leitura!

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