A semana começou carregada, com a equipa a tentar digerir um encontro difícil, de resultado pesado e de reações um pouco divididas, consoante o grau de conhecimento de jogo dos atletas. Também por isso, o primeiro treino da semana passou por tentar procurar reconhecer esforços e alimentar leituras do primeiro encontro, de maneira a passarmos rapidamente para o objetivo seguinte.
A mensagem passou, mesmo que as dificuldades possam assustar alguns ou a fazê-los refugiar no lado de divertimento, mais do que na questão competitiva. Aos treinadores cabe entender esses equilíbrios, nem sempre fáceis, entre o facto de o grupo ser constituído por crianças e a ambição formadora passar por vários testes em competição. Essa dualidade foi sendo dada a provar ao grupo durante o resto da semana de treinos, onde se começam a sentir progressos.
Com novo desafio frente a uma equipa mais evoluída a marcar o fim dos jogos de preparação – a primeira fase será contra adversários desta monta e pretende-se elevar o ritmo dos nossos atletas -, tememos, durante os minutos iniciais, que a desorientação marcasse todo o jogo. No entanto, foi no espaço competitivo que a equipa se encontrou e que começamos a ganhar jogadores.
O momento em que os jovens atletas começam a dar sinais de capacidade para assumir responsabilidades e conseguem passar para o jogo aquilo que lhes vai sendo pedido em treino só pode, mesmo, ser uma enorme satisfação para o treinador. Quando isso acontece com os jogadores que estão em fases de desenvolvimento mais evoluídas, quase podemos dizer que o conseguimos adivinhar. Agora, quando o jogo torna um miúdo num atleta que consegue demarcar-se nos momentos de leitura e tomada de decisão, a importância do treino sai muito valorizada.
A pré-temporada acabou e na próxima semana começa o Campeonato.
Amanhã há treino!
Luís Cristóvão