Passado um mês desde o início da temporada e iniciado o período competitivo, a equipa começa a encontrar-se nas suas responsabilidades e capacidades. O teste não está tanto nos jogos oficiais, dado que o início de época nos reservou um calendário de encontros com equipas mais velhas e evoluídas em termos físicos, mas sim naquilo que cada um de nós consegue demonstrar em treino.
No intervalo dos 11-13 anos, o brincar é algo sempre muito presente. Educar os jovens atletas para a integração da ideia de trabalho é uma missão exigente, que nos obriga a uma atenção permanente a tudo o que se passa – a qualquer momento pode surgir uma oportunidade para se delinear de forma mais concreta as barreiras entre uma e outra coisa.
Esta semana, a cada dia procurou-se ativar esse sentido de responsabilidade. Primeiro, para o treino em si, elevando o grau de exigência, obrigando cada atleta a assumir os sacrifícios necessários para acompanhar o grupo. Segundo, para a união da equipa, transformando um incidente disciplinar numa ocasião para sublinhar os deveres e direitos de cada um. Finalmente, no momento competitivo, sublinhando as atitudes que nos permitem obter melhores resultados, como ficou claro num dos períodos do jogo.
Foi uma semana cansativa e exigente para todos. No regresso a casa, já de noite e com chuva intensa, a música corria ao gosto dos miúdos que se entretinham nas suas brincadeiras nos bancos detrás. Enquanto conduzia, ao meu lado, um deles dormitava. Não se entra numa família só porque se quer. Este grupo vem já junto há dois anos e vai assimilando a ideia de ter mais um elemento na cadeira hierárquica da equipa. Só sendo, sempre, um adulto que compreende e que se tem lugar. Será essa a filosofia para a viagem.
Amanhã há treino!
Luís Cristóvão