Se o desenvolvimento de uma filosofia se apresenta, inicialmente, como um desafio teórico, a verdade é que se trata de uma teoria para a ação prática. Nesse caminho, e antes de tentarmos delinear as práticas elegidas (para a estrutura, para a comunicação e para o modelo de jogo, entre outras), devemos privilegiar a definição de um quadro de atitudes.
Estas atitudes acabarão por influenciar, e em última medida definir, toda a construção que pretendemos levar a cabo. Em primeira instância, deverão ser adoptadas pelo coordenador nas suas funções específicas, junto da sua equipa, dos seus atletas, do seu dirigente, dos pais dos atletas, dos adeptos e da equipa adversária. Liderar pelo exemplo é fundamental para que se possa esperar que os nossos seguidores adoptem as atitudes corretas. Depois, é também fundamental que a pessoa a quem está entregue a função prioritária de coordenação, consiga transpor esse mesmo quadro de atitudes para a ligação entre os vários elementos do clube. Só assim estará em condições de, mais tarde, lhe exigir o mesmo.
Para além de dever estar predeterminado um espaço onde a avaliação e as devidas afinações devem ser feitas (reuniões com jogadores, reuniões com pais, reuniões com treinadores e reuniões com dirigentes), deve estar também previsto, desde o início da temporada, as regras e as consequências devidas para quem as quebra. Um ambiente onde existe uma comunicação límpida sobre os objetivos a atingir, as formas de o fazer e as formas de o avaliar, terá sempre um resultado final de maior satisfação, para todos, do que o seu contrário.