Faço, esta semana, um intervalo nas reflexões sobre a formação. Falo antes da confusão que vai lançada nos quadros competitivos nacionais.
Os exemplos são mais que muitos. No Campeonato Distrital de Sub-14 Masculinos, a organização dos grupos para a 5ª fase não correspondeu ao programado. No mesmo escalão, em Femininos, as equipas do Distrito de Lisboa que foram eliminadas na primeira fase do Nacional tiveram, também, direito a apenas um grupo de três equipas para manter-se em competição durante o mês de maio.
Na Taça Nacional de Séniores Masculinos, os sorteios relativos aos quartos-de-final da Zona Sul não respeitaram o que estava agendado na Conferência do Calendário, o mesmo acontecendo na Taça Nacional de Sub-20 Masculinos. Por outro lado, no Campeonato Nacional de Sub-20, terão também existido desencontros na forma como as equipas e os resultados são apurados entre fases.
A cada semana, parece-se encontrar sempre mais alguém que tem queixas relativas a questões semelhantes. Tornou-se impossível para quem programa o trabalho com as respetivas equipas poder estar seguro daquilo que se irá passar na fase seguinte. A frase “logo veremos como vai ser” parece ter entrado, definitivamente, no léxico do basquetebol português. E, para mim, o “logo se vê” é, na prática, uma contradição à organização e planeamento de uma época desportiva.
Por isso, quando nos perguntam, com solenidade, por propostas que possam vir a mudar o basquetebol nacional, lembramo-nos que a mudança nunca será completa quando a maioria não quiser realmente mudar. E como a maioria, ao que parece, vai estando representada nas associações e na federação de forma consistente e consciente com aquilo que se vai passando, então não é difícil perceber porque nos fartamos disto.