Não vou aqui repetir aquela velha senha do Gary Lineker que mistura onze jogadores, uma partida de futebol e a Alemanha. Mas, antevendo aquilo que se poderá passar, não se vê quem possa travar o conjunto germânico nesta fase de grupos. Thomas Muller deverá voltar a vestir a capa de super-herói, que tem guardada para as grandes competições de seleções, desatando a jogar e a fazer jogar, marcando golos, festejando como um tipo que está mais habituado a jogar no recreio da escola e ainda não acredita que aquilo lhe esteja mesmo a acontecer.
Um seu colega de equipa em Munique, Lewandowski, chega a este Euro com missão mais pesada, render na sua seleção aquilo que rende nos clubes. Penso sempre em como é mais fácil sobressair em seleções onde há muitas opções para o onze, do que naquelas em que uma grande estrela lança a sombra sobre os demais. O bom gigante polaco sofre desse mesmo mal. Talvez no dia 16 de junho alguém se engane e lhe passe a bola para que marque no Polónia – Alemanha.
Enquanto a Irlanda do Norte chega satisfeita com o facto de aqui ter chegado, a Ucrânia alimenta sonhos baseados no facto de se poderem apurar três equipas para os oitavos-de-final. É que no seu onze há Konoplyanka, Yarmolenko e Rybalka, por exemplo, o que não parece coisa pouca no momento de apresentar créditos para sonhar. Por isso mesmo o jogo dos jogos do Grupo C será mesmo o Ucrânia – Polónia de dia 21, a fechar o grupo, numa espécie de grupo de antigos amigos que agora disputam a mesma namorada.
Que ganhe o melhor!
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