Há uma boa razão para não se chamar ao Grupo E o Grupo da Morte. No fim, ninguém vai morrer. É a consequência de estarmos num Euro com 24 equipas e com repescagens de terceiros classificados. Se algum dos três conjuntos com responsabilidades ficar pelo caminho, não poderá culpar mais ninguém do que a si próprio.
Comecemos pela Itália. Antonio Conte passou pela fase de grupos sem grandes problemas, mas também sem adversários à altura. No entanto, não venceu nenhum dos confrontos com a Croácia nem, nas partidas amigáveis frente a conjuntos mais cotados, conseguiu uma vitória. Razões para preocupação? Acresce-se que o nível do plantel à disposição de Conte não faz inveja a nenhuma seleção italiana do passado. A grande força dos transalpinos sempre foi a sua intuição competitiva. E é nela que apostará forte para ultrapassar as dificuldades na fase de grupos.
A jogar contra si própria está a Bélgica, com uma série de craques ainda à procura de um primeiro sucesso com a seleção. Existem muitos pontos em comum entre a atual seleção belga e a seleção portuguesa que em 2000 atingiu as meias-finais do Euro, sendo que um grupo complicadíssimo foi também aquilo que os lusos tiveram que ultrapassar. As lesões na defesa complicam as contas de Marc Wilmots, mas há talento para explorar na frente.
A Suécia é Ibrahimovic, não há muito mais a dizer.
Resta uma República da Irlanda que será o parente pobre deste grupo. Martin O’Neill reconhece as suas limitações, mas depois já terem chegado a um Europeu em 2012, é natural que a equipa apresente alguma dose extra de motivação e experiência. Ainda assim, difícil para se escapar ao último lugar.
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