A repetição do nome de Portugal tanto pode ser entendido como um grito de apoio, como pode focar na equipa que, à partida, pode dominar totalmente a história deste grupo. É que o sorteio veio a indicar como adversário dos portugueses uma equipa que faz a sua estreia absoluta em grande competições internacionais (Islândia), um conjunto que o único Euro em que participou foi aquele que organizou (Áustria) e uma terceira equipa que não pisa estes terrenos desde 1972 (Hungria).
Quer isto dizer que o sorteio foi amigo de Portugal. Mas, ao mesmo tempo, relembrando que a equipa lusa comete, por vezes, o erro de medir a sua intensidade pelo nível do adversário, não deixará de ser perigoso ter tão pouco potencial do outro lado da barricada. Os austríacos serão aqueles que chegam com mais promessas, em jogadores como Alaba, Harnik ou Arnautovic, podendo criar dificuldades com o seu contra-ataque. Já uma equipa como a Islândia, fisicamente possante e aguerrida na forma de ocupar espaços, chega a esta prova sem nada a perder. Da Hungria, a dúvida do que pode valer este conjunto numa grande prova, sabendo-se que em fase de qualificação são, habitualmente, muito frágeis.
Para lá dos jogos de Portugal, resta então uma espécie de mini-campeonato a três para encontrarmos o segundo classificado. O encontro entre a Áustria e a Islândia, a 22 de junho, parece reunir o potencial decisório mais acentuado, por se tratarem de duas equipas com potencial equilibrado e por ser uma das partidas que fecha o grupo. Num momento em que, esperamos nós, Portugal estará já apurado para os oitavos-de-final.
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