A nossa terceira etapa pelas cidades do Euro 2016 leva-nos a um dos territórios mais presentes na promoção turística francesa, a Côte D’Azur. Entre Marselha e Nice são cerca de 200 quilómetros com praias e vistas para o Mediterrâneo, para além de outras localidades célebres como Toulon e o seu torneio de futebol, Saint-Tropez e as suas praias, Cannes e o seu festival de cinema. Mas Marselha e Nice são também cidades de futebol, com clubes com larga história no futebol gaulês e os seus estádios serão os epicentros de grandes encontros durante o próximo mês.
Marselha e o Stade Vélodrome são parte da história do futebol francês. O estádio foi estreado em 1937, com uma famosa pista de ciclismo à volta do relvado (daí o nome), mas foi nas bancadas que mais se viveu intensamente o crescimento de uma equipa que, nos anos 90, chegou a tocar o topo da Europa – para depois cair estrondosamente. A renovação foi feita ao longo dos últimos anos, sempre com o Marselha a jogar em casa, pelo que a afinidade entre adeptos e equipa (também a viver tempos menos ambiciosos) se quebrou. Algo que se espera poder voltar a ver em intensidade máxima, com os seus 67 000 lugares a sonhar com um título. Durante o Euro 2016, o Vélodrome receberá quatro jogos da fase de grupos, com o França – Albânia a merecer honras de jogo grande, seguindo-se uma partida dos quartos-de-final e outro das meias-finais. Foi ainda em Marselha que Portugal jogou a mítica meia-final do Euro 1984.
Nice acrescentou o Stade de Nice à sua lista de locais a visitar, numa localidade onde o glamour do Mediterrâneo se conjuga com uma história rica dividida entre a influência francesa e italiana. O clube local não vence um campeonato desde 1979, mas é uma das equipas que reúne imenso respeito dos seus adversários na Ligue 1. O Stade de Nice destaca-se pelas suas preocupações ambientais, com a sua energia a vir de 4000 painés solares e uma estação geotérmica que aproveita as águas pluviais para a rega do relvado. Neste Euro 2016, receberá três encontros da fase de grupos, com o Suécia – Bélgica a poder ser um encontro decisivo, para além de uma das partidas dos oitavos-de-final.