A Itália volta a entrar numa grande competição a dar ares de conquistador. Perante o adversário mais difícil do grupo, que em certa medida até entrava com maior dose de admiradores e apostadores rumo ao título, os italianos não permitiram que a Bélgica se apresentasse à altura das suas responsabilidades.
Sim, é verdade que a Bélgica tem criatividade do meio-campo para a frente, tem um guarda-redes fantástico, cumpre ao nível da defesa e dos seus avançados. Mas perante a teia defensiva da Itália, que atrai, não para prender, mas para surpreender na forma como recupera a bola e se lança em busca do golo, os belgas não deixaram de parecer um conjunto ainda com muitas lacunas ao nível tático.
Aqui surge Conte. Se individualmente a Itália estará longe dos seus melhores dias, no banco tem um homem que entende perfeitamente toda a história do futebol do seu país e a melhor forma de o traduzir para os dias de hoje. Marc Wilmots podia pedir-lhe algumas lições. O que a Itália apresentou hoje foi, para além da consistência do seu modelo, a capacidade para entender os diferentes momentos do jogo, adaptando-se a eles.
E por isso venceu por 2-0.