As duas equipas menos cotadas do Grupo E empataram no jogo inaugural e podem bem ter condenado os sonhos de chegarem aos oitavos-de-final. As contas são fáceis de fazer. Uma vitória na fase de grupos, três pontos, pode ser suficiente para ser um dos melhores terceiros. Se, no jogo entre os menos candidatos, houver empate, fica a obrigação de ir ganhar a um dos favoritos. É isso que fica como missão a cumprir para suecos e irlandeses.
Muito melhor os irlandeses durante grande parte do tempo de jogo. Para começar, uma equipa com cabeça, tronco e membros, ao contrário de há quatro anos, em que viviam para não perder. Martin O’Neill abriu horizontes a este grupo e sentiu-se isso no Stade de France. A Irlanda chegou ao golo depois de uma boa jogada pelo flanco direito, finalizada por um remate forte de Hoolahan.
Foi preciso estar a perder para que a Suécia se soltasse. Sempre a bola à procura de Zlatan Ibrahimovic, muito fechado e limitado nas suas ações, com os irlandeses a descerem no terreno e acabarem por oferecer espaço ao astro número 10 de amarelo. Zlatan rasgou pela área, centrou à procura de resposta ao seu esforço e Clark acabou por atirar para o autogolo.
Podia ecoar pelo sistema sonoro do estádio aquela velha música do Duo Ouro Negro, “Vou levar-te comigo”. Mas nem a ambição de Zlatan Ibrahimovic se vergaria, nem os sonhos dos irlandeses se limitariam a tal.
É altura de ir à procura do impossível.