A Itália não é um amigo fácil. Para começar, sabe que os jogos têm noventa minutos e que, dentro desse tempo, o mais provável é que o seu adversário lhe abra a porta para conseguir rematar uma vez. Depois, está disposto a esperar que o erro surja, tantas vezes sem que pareça estar a fazer algo para o provocar. No entanto, está. Mesmo parados, perante o posicionamento defensivo do adversário, os jogadores italianos parecem dizer que estão a adivinhar onde o espaço vai surgir. E isso ainda enerva mais quem tiver que os enfrentar.
A Suécia não joga bonito. Compreende todas as suas limitações e depois de quase ter perdido para a República da Irlanda, sabia como era fundamental defender melhor, sobretudo na forma de controlar o ritmo da partida, para que não lhe fugisse da mão. A Itália ajudou, dando-lhe bola, mas foi uma ajuda claramente interesseira. Aqui e ali, quando exercia uma pressão mais alta, o conjunto sueco parecia que dominava. Mas até eles próprios sabiam que isso era mentira.
Nos últimos quinze minutos sentíamos o drama a chegar. Ibrahimovic falhou de baliza aberta depois do árbitro já ter, afinal, marcado fora-de-jogo. Até que Chiellini executou rapidamente um lançamento lateral, à procura da cabeça de Zaza, que amorteceu para Éder controlar e rasgar pela defesa sueca com um remate sem hipóteses para Isaksson. Tão simples, tão complexo, tão bom.