A Croácia vencia por 2-0 à hora de jogo, quando Modric, notoriamente desgastado, foi substituído. Tudo parecia seguir a narrativa mais favorável aos croatas, que depois de uma boa exibição no jogo inaugural, demoraram 37 minutos até quebrar a resistência checa. Não que a equipa de Petr Cech estivesse a fazer um bom trabalho, pelo contrário. Muito apagados ofensivamente, os checos também tremiam no momento defensivo. O segundo golo, marcado por Rakitic ao minuto 59, também depois de uma recuperação de bola ainda no meio-campo do adversário, parecia encerrar com a história do jogo.
No entanto, num lance algo fortuito, Skoda conseguiu reduzir aos 76 minutos. E poucos minutos depois, a surpresa acontece, com a bancada do lado croata a lançar uma série de petardos e fumos para dentro do relvado, enquanto se envolviam em confrontos. O jogo parado, a equipa croata a entender como aquilo a poderia afetar, alguns minutos de indecisão. Quando se voltou a jogar, nova bola na área croata e, desta vez, Vida a tocar com a mão. Grande penalidade e Necid fazia o empate. Sinal de esperança para a equipa da República Checa, bastante desilusão para os croatas.
Em resumo. A Croácia a mostrar-se muito superior enquanto Modric esteve em campo. A República Checa a apostar tudo na luta e a conseguir os golos sem ter construído o caminho até eles. A organização conjunta entre franceses e UEFA a ficarem muito mal na fotografia. A ameaça da justiça administrativa a pender, agora, sobre uma equipa que não merecia isto de alguns dos seus compatriotas (sim, porque eu não chamo adeptos àquela gente).