O Grupo D deu uma cambalhota nesta terceira jornada, com Ante Cacic a conquistar, finalmente, a consideração merecida a um selecionador. Sem poder ter Luka Modric, o técnico optou por poupar ainda Vida, Strinic, Brozovic e Mandzukic, mudando parte da face do seu conjunto para enfrentar uma Espanha que, ao contrário das expetativas, se apresentou na máxima força. E a noite tinha tudo para ser colorida com as cores da bandeira espanhola, com Álvaro Morata a finalizar, logo aos sete minutos, uma jogada construída à imagem do modelo espanhol.
Mas ultrapassada a fase inicial, percebeu-se que haveria vida depois de Modric, com o conjunto croata a criar situações de perigo para De Gea e chegando ao golo ainda antes do intervalo, por intermédio de Kalinic. Na segunda parte, a Croácia continuava a crescer, dominando territorialmente, forçando fragilidades no couraçado espanhol, obrigando Vicente Del Bosque a retirar Nolito e a lançar Bruno, para tentar fechar o cadeado do meio-campo. Mas nem assim os espanhóis encontraram a tranquilidade, que poderia chegar aos 72 minutos, quando Espanha beneficiou de uma grande penalidade. No entanto, Sérgio Ramos permitiu a defesa de Subasic.
O golpe de teatro estava reservado para os minutos finais, quando Perisic, sempre ativo na faixa esquerda, conseguiu ganhar espaço para entrar pela área, rematando com oposição de Piqué que ainda desviou para trair De Gea. No entanto, o guarda-redes do Manchester United não deixou de ficar algo mal na fotografia, que atira a Espanha para um inesperado confronto com a Itália nos oitavos-de-final.
No outro jogo, a República Checa não conseguiu afastar a imagem de equipa sensaborona, que teve um desempenho defensivo de qualidade no encontro com a Espanha e quinze minutos de orgulho perante a Croácia. Mas, por falar em orgulho, a Turquia também não quis sair do Euro sem vencer um encontro, sendo que passará ainda o dia de amanhã com esperanças de poder continuar em prova.