A derradeira jornada do Grupo C tinha vários atrativos. A luta pelo primeiro lugar entre Alemanha e Polónia, a forma como a Irlanda do Norte iria defender o seu terceiro lugar, a Ucrânia preocupada com a sua honra perante um vizinho e rival. No final, a Alemanha acabou na frente do grupo, apenas com mais um golo marcado que os polacos, enquanto os norte-irlandeses alimentam esperanças de poder ser um dos melhores terceiros. Mas é na Ucrânia que nos focámos, até porque demonstraram que existem diferentes significados na palavra adeus.
O conjunto ucraniano sai do Euro sem pontos e sem golos marcados. No que toca a números, um Europeu para esquecer. No entanto, na primeira jornada, deixaram uma excelente imagem perante uma Alemanha inalcançável, tal como perante a Polónia, hoje, voltaram a ser uma equipa perigosa, capaz de criar oportunidades, falhando apenas no momento da concretização e sofrendo um golo contra a corrente da partida. Ou seja, perante as equipas mais fortes do seu grupo, nunca mostrou ser pior ou estar muito longe do seu nível. Falhou rotundamente na partida frente à Irlanda do Norte e por isso pagou com a eliminação precoce.
Mas uma equipa que tem Konoplyanka, Stepanenko e Yarmolenko a entrarem, aos 26 anos, na fase madura da sua carreira e com jovens talentos como Kovalenko ou Zinchenko, esta má experiência competitiva no Euro pode mesmo ser apenas uma nota de rodapé num futuro que se espera de sucesso. Encontramo-nos em breve, no apuramento para o Mundial, à espera que esse futuro comece a dar frutos.