Mas que grande Itália esta, que apanhando com a indesejável Espanha nos oitavos-de-final, se preparou de forma ímpar para defrontar o campeão europeu de 2008 e 2012, deixando pelo caminhos La Roja e avançando para uns quartos-de-final épicos frente à Alemanha.
Tenho dito que, neste Euro 2016, ter treinador faz imensa diferença. E é a partir dessa ideia que, havendo uma equipa que tem Antonio Conte, todas as outras terão que ser muito mais talentosas dentro de campo, porque Conte está bastante longe de toda a concorrência em termos de qualidade.
Comprovado o facto na primeira parte, quando a Itália subjugou o jogo de posse espanhol e o lhe retirou toda a capacidade de criar perigo, Chiellini acabou por abrir o marcador pouco depois da meia-hora, num lance em que toda a defensiva espanhola parece ter partilhado as culpas. Indo a ganhar para o intervalo, Conte parecia obrigar a Espanha a mudar, algo que Del Bosque fez ao lançar Aduriz para o lugar de Nolito. Os italianos puxavam os espanhóis para um jogo que lhes agradava ainda mais.
De Rossi durou pouco mais de 45 minutos (mas que 45 minutos!) e jogou-se uma nova partida na segunda parte. A Itália a descer linhas e a conseguir defender-se da iniciativa espanhola, que tinha mais bola, instalava-se no meio-campo adversário, mas não chegava ao golo. Numa e noutra baliza, De Gea e Buffon mantinham o jogo vivo, impedindo que o golo chegasse. A lesão de Aduriz, quando Morata já havia saído, retirou as esperanças finais aos espanhóis. Buffon voltou a fazer uma grande defesa perto do fim e, na transição italiana, Pellè acabaria por finalizar e fazer o 2-0.
A preparação de Antonio Conte tem sido um dos melhores projetos a seguir neste Euro 2016. Hoje bateu o campeão das últimas duas edições. Vem aí mais um desafio do tamanho do mundo. Mas, neste momento, tudo parece possível para a Squadra Azzurra.