O Egito prepara-se para receber a primeira edição da CAN com 24 países. Uma competição com muitas novidades e um lote de jogadores que conjuga desde vencedores da Liga dos Campeões europeus até atletas que fizeram toda a sua carreira em equipas africanas.
É um autêntico carrossel de talento, argumentos físicos, disputas sociais e políticas, música e ruído, festa e seriedade, numa mistura de todos os condimentos que fazem do futebol um dos grandes acontecimentos que podemos seguir. Todos estes aspetos parecem engrandecer-se quando falamos da CAN, ou talvez seja o meu amor pela Taça das Nações Africanas a falar mais alto.
O certo é que falta muito pouco para começar a ver a bola a rolar, com o Egito a abrir a contenda frente ao Zimbabué. Um confronto que, no papel, poderá parecer mais fácil do que a realidade promete. Sem dúvida que os egípcios são os grandes favoritos à vitória, jogando em casa e contando com um grupo de jogadores experimentado e a liderança de Salah, sedento de mostrar que o verão passado poderia ter sido bem diferente. Mas, pela frente, têm o vencedor de um dos grupos de apuramento que, para aqui chegar, soube sempre trair os adversários oferecendo-lhes a iniciativa. Com o Uganda a procurar também aproveitar a experiência acumulada na edição anterior, maior pressão para a República Democrática do Congo fazer valer os seus argumentos de eventual favorito a acompanhar o Egito.
Amanhã entra em campo outro dos favoritos, a Nigéria, que não participa na competição desde 2013, ano em que foram campeões. Num plantel que cruza experiência e juventude, as Super Águias até poderão beneficiar de um lote de adversários mais frágeis nesta ronda inicial. A estreia é frente a um Burundi com poder de fogo e a confiança de ter eliminado o Gabão, mas com pouca experiência na linha mais recuada. A carta mais forte do Burundi tem sido a sua capacidade de ler o adversário e é isso que será testado na sua estreia nos grandes palcos. No grupo está ainda outro estreante, o Madagáscar, a única equipa vinda das pré-eliminatórias da fase de qualificação, com forte contributo de jogadores nascidos na Ilha da Reunião, território francês. O principal candidato a acompanhar os nigerianos é a Guiné Conacri, com Naby Keita a liderar um conjunto que superou a Costa do Marfim nas eliminatórias.
Apresentadas as equipas dos dois primeiros grupos, é momento de preparar tudo para acompanhar esta grande competição. Todos os jogos terão transmissão em direto, para Portugal, no Eurosport 2.