Esta semana estive presente em apenas um treino, devido a uma viagem. Na sessão de treino, a aposta tem sido tentar cativar os jogadores com exercícios onde consigam encontrar maior satisfação, “facilitando” o acesso para sucessos intermédios, de forma a motivar o grupo para tentar subir de nível mais lentamente. Se bem que alguns dos jogadores aproveitam o facto para conquistarem o seu espaço na equipa, a generalidade segue apenas por divertimento.
Logo, no jogo, o preço paga-se de forma intensa. Num momento competitivo em que os adversários começam a ser acessíveis, fica muito mais claro aquilo que conseguimos fazer bem e aquilo que não conseguimos atingir. Em determinados momentos, a equipa compete a bom nível, dedica-se defensivamente, encontra formas para finalizar as jogadas de ataque. Nos momentos seguintes, desconcentra-se, distrai-se, sobretudo, desiste.
Mas desiste porquê? Na minha opinião, desiste no momento em que o esforço que tem que aplicar precisa de ser um pouco maior, para ser efetivo. Tal como na passada semana, esta semana a equipa também esteve à beira de ganhar o jogo. Poderia tê-lo feito. No entanto, quando no início do quarto período se encontrava a apenas seis pontos do adversário, preferiu não perseguir a vitória. Desistiu para não se sentir derrotada ao tentar vencer.
Estranho? Nada. Vejo pessoas a fazer isso todos os dias. Acomodarem-se nos seus hábitos e/ou lugares, deixarem-se ficar, abandonar a possibilidade de ter mais para não perder perante as suas ambições. A verdade é que, quem não joga, raramente perde. É isso o que se vive quando se passa o jogo sentado, apenas a olhar, lá de cima, da bancada.
É por isso que se deve, sempre, repensar, onde se aplica o esforço. Porque não aplicar o esforço máximo, não deveria ser opcional.
Amanhã há treino.
Luís Cristóvão