Vamos por partes. A mascote oficial do Euro 2016 chama-se Super Victor e, segundo o site da UEFA, conquistou os seus super-poderes quando descobriu um baú mágico muito antigo que continha uma capa vermelha, umas botas de futebol modernas e a bola UEFA EURO 2016. Se ninguém estranha que num baú antigo se descubram coisas modernas, então podemos todos confiar que as calças à boca de sino são uma invenção do Século XXI.
Aliás, o Super Victor cumpre com este princípio do “a minha originalidade é muito parecida com o teu antigo projeto”. A grande inovação desta organização é que, depois de dois Europeus a oferecer-nos “super-putos” aos pares – Slavek e Slavko em 2012, Trix e Flix em 2008 – voltámos ao individualismo. O mesmo que já nos havia sido servido em 2004, também em forma de criança, com o saudoso Kinas.
O miúdo de 2004 foi mesmo a primeira figura “humana” da história das mascotes dos Europeus. Anteriormente havíamos ficado pelo reino animal, com o Benelucky, em 2000, que era, genericamente, um bicho, e com o leão Goliath de 1996. Mas o coelho parecia mesmo ser um dos tipos mais acarinhados pelos europeus, já que tanto em 1992 (Rabbit, que nome original!), como em 1988 (Berni), o tínhamos tido como mascote – arrisco mesmo a dizer que eram gémeos. O galo francês Peno abriu a porta às mascotes animais em 1984, já que em 1980, na primeira mascote conhecida desta competição, a Itália tinha apostado no Pinocchio, não se sabendo se haveria aqui alguma referência elaborada ao estilo de jogo da Squadra Azzurra.
Tens uma mascote preferida?