A Espanha conquistou o seu primeiro título internacional em 1964, num Euro disputado em casa, e se Luis Suárez ficou para a história como o homem que encantou todos aqueles que seguiram as partidas, há um outro nome que tem que ter, obrigatoriamente, lugar na história. Amancio Amaro, um galego conhecido como El Brujo, à altura jogador do Real Madrid, foi quem marcou o golo que levou os espanhóis até à final.
Depois de Pereda ter aberto o marcador para a equipa da casa, em jogo das meias-finais frente à Hungria, parecia que a passagem era certa. No entanto, os húngaros orientados por Lajos Baroti, que viria a ser técnico do Benfica, conseguira o empate já perto dos noventa, com Bene a aproveitar um erro do guarda-redes Iribar.
Jogo a prolongamento e Amancio a aparecer, de cabeça, para resolver. El Brujo mostrava-se à altura dos sonhos espanhóis e conseguia desfeitear Szentmihalyi pela segunda vez, levando os mais de 100 mil espetadores que enchiam o Santiago Bernabéu do sofrimento à loucura. Foi a 17 de junho de 1964.