Fantástico final para o Grupo B, com o País de Gales a dominar a Rússia enquanto a Inglaterra chocava contra o muro eslovaco, terminando os galeses no primeiro lugar. É o mundo virado ao contrário, entre os britânicos, com os príncipes a transformar esta sua estreia num Europeu numa verdadeira odisseia.
A atenção desviou-se cedo para Toulouse quando um passe rasgado de Joe Allen foi encontrar Aaron Ramsey isolado para abrir o marcador. Aos 20 minutos, foi Neil Taylor a ter semelhante oportunidade e mesmo permitindo uma primeira defesa de Akinfeev aumentou a vantagem. A Rússia estava completamente ausente do encontro, não dando sequer luta a uma equipa que a dominava. Gareth Bale haveria ainda de fazer um terceiro golo e coroar esta fase de grupos com duas vitórias e seis golos marcados.
Enquanto isso, em Saint-Étienne, a Inglaterra dava uma frágil imagem daquilo que pode ser feito com o talento que a equipa possui, sobretudo do meio-campo para a frente. Roy Hodgson voltou a mexer na equipa, lançando Jamie Vardy e Daniel Sturridge com Adam Lallana na frente de ataque, mas desta vez não teve a sorte do seu lado. Apesar de muito maior poder de fogo, os ingleses não revelaram capacidade para apostar nas faixas laterais, nem para desenvolver um jogo de passe que rompesse com as fortes linhas defensivas dos eslovacos. Deu e voltou a dar, mas nem com Kane e Rooney já no relvado surgiu o golo, perante uma Eslováquia que chegou a assustar, mas que entendeu ter mais interesse em defender o resultado do que em arriscar para chegar à vitória.
Uma boa lição, a do Grupo B, para todas as equipas que estão em França. Quem trabalha para disfarçar as suas fragilidades e potenciar as suas forças tem conseguido muito mais do que os conjuntos que se importam, simplesmente, a tentar impor a sua maior qualidade individual. Nota final para uma Rússia que diz adeus depois de ter sido uma autêntica sombra do que prometeu. Leonid Slutsky não deverá ter vida longa no comando desta seleção.