O encontro entre a Suíça e a Polónia ofereceu-nos um prato cheio logo a abrir os oitavos-de-final. Com os polacos a fazerem uma primeira parte de ritmo elevado e a expor a equipa suíça às fragilidades na fase de construção, não deixámos de ver o adversário a conseguir chegar com perigo perto da baliza de Fabianski.
Vencendo ao intervalo, força para os polacos optarem por recuar e apostar mais na solidez da sua defesa. A Suíça veio do balneário com o entendimento de necessitar de marcar para alimentar esperanças, mas na baliza da Polónia haviam quem estivesse decidido a impedir que isso acontecesse.
Mas foi preciso um pontapé à meia-volta para, finalmente, voltar a empatar as contas. Shaqiri terá o seu nome gravado com destaque nas páginas de história deste Euro pelo grande momento que proporcionou, enquanto dava uma segunda vida à sua equipa. Culpa para a Polónia, que ia pagando o recuo, faltando-lhe também forças para reagir.
A Suíça voltou a estar mais perto do golo no prolongamento, mas o destino estava escrito para que a decisão acontecesse nas grandes penalidades. A Polónia viu-lhe reconhecida superior qualidade, ainda que este jogo seja um bom resumo das suas forças e fraquezas. Um conjunto muito perigoso na transição e poderoso em termos físicos, mas ainda incapaz de manter regularidade ao longo dos noventa minutos.
É essa a bagagem que a Polónia leva para os quartos-de-final. Nós, para já, estamos de barriga cheia.