Segunda entrega de análises rápidas a cada uma das equipas em competição na MLS, campeonato que começa este fim-de-semana e tem transmissão, em Portugal, nos canais Eurosport. Seguimos o mapa da Conferência Oeste, apresentando mais seis equipas entre as quais, estarão alguns dos conjuntos mais fortes e alguns dos mais fracos desta prova.
Colorado Rapids
Uma grande incógnita para a temporada de 2018, já que apesar de ser uma equipa que apresenta várias mudanças, não parece mudar a perspetiva de se manter no fundo da tabela da sua Conferência. Anthony Hudson, nascido nos Estados Unidos, é o treinador escolhido para liderar a renovação dos Rapids, com o antigo selecionador do Bahrein e da Nova Zelândia a ter a sua primeira prova de MLS.
A equipa muda as suas principais referência em campo, com aquisições realizadas, sobretudo, na Europa, de onde chegam os avançados Stefan Aigner e Joe Mason, os médios Jack Price e Johan Blomberg e os defesas Tommy Smith e Danny Wilson. Forte inspiração britânica, como aliás já vinha sendo tradição, acrescentando-se ainda Edgar Castillo, mexicano que chega para a faixa esquerda da equipa.
Tim Howard, na baliza, é uma das figuras da prova, enquando Dominique Badji e Shkelzen Gashi terão que demonstrar uma regularidade bastante maior para poderem ser considerados como elementos titulares. Curiosidade para perceber se Jack McBean, que chega dos LA Galaxy, terá minutos de jogo e para entender a evolução de Marlon Hairston, jogador que no ano passado confirmou crescimento.
FC Dallas
Não será este o ano que iremos continuar a alimentar ilusões sobre os texanos de Dallas, Óscar Pareja vai vendo o seu plantel emancipar-se, apesar de entrar em 2018 ainda com o mais jovem de todos os grupos da MLS. A equipa mantém a maioria das suas peças importantes do ano transacto, só tendo que encontrar uma fórmula para ser mais regular e, conseguindo o apuramento para o playoff, garantir que está em condições para ter sucesso nessa reta final. O problema de Dallas tem sido, sobretudo, da ordem do controlo mental da competição.
Para a defesa chegam dois reforços de selo europeu, com o suíço Reto Ziegler para ocupar o lugar de central deixado vago por Zimmerman e o búlgaro Anton Nedyalkov a chegar para ser lateral-esquerdo. A grande contratação da equipa promete ser o colombiano Santiago Mosquera, um jovem que poderá voltar a dar maior capacidade criativa a partir da faixa esquerda do ataque.
Entre os jogadores que se mantém no plantel, a consistência de jogadores como Roland Lamah, Michael Barrios e Mauro Díaz voltará a ser testada, com Carlos Gruezo, Kellyn Acosta e Victor Ulloa a terem responsabilidades no meio-campo. De Matt Hedges espera-se que seja um líder defensivo, enquanto na baliza Jesse Gonzalez, uma das grandes apostas para o futuro da seleção norte-americana, a ter a concorrência do experiente Jimmy Maurer.
Houston Dynamo
Depois de ter sido uma equipa de playoff em 2017, os Houston Dynamo não mudam grande coisa com vista à nova temporada. Wilmer Cabrera terá como missão melhorar a ideia de jogo de uma equipa que dependia, no ano passado, da sua frente ofensiva, que acabou por ficar fragilizada com a saída de Erick Torres. No entanto, não chegou nenhum jogador para a posição do avançado mexicano, com Arturo Álvarez a ser um acréscimo ofensivo que terá que lutar por minutos.
Nenhuma das contratações terá entrada direta no onze, pelo que se vai perspetivando na equipa de Houston. Darwin Cerén é uma soma interessante no meio-campo, enquanto o jovem central venezuelano, Alejandro Fuenmayor, terá que ultrapassar a concorrência dos experientes Senderos, Leonardo e Adolfo Machado.
Corre, assim, o risco, este conjunto, de ter visto no ano passado atingir o máximo possível a retirar de um grupo que, em alguns setores, vai acusando alguma veterania. Na eminência de ver jogadores caírem em rendimento, os Dynamo poderão estar a preparar-se para ser uma das desilusões da temporada. Romell Quioto e Albert Ellis podem ter que ser os salvadores da sua equipa uma outra vez.
Minnesota United
Depois de um ano de estreia em que nem sequer chegaram a levantar voo, nada no plantel dos Minnesota United diz que o conseguirão fazer nesta temporada. Mau sinal? Enquanto a grande maioria dos seus concorrentes vem aproveitando o aumento de orçamento na Liga para reforçar as suas equipas, os United ficaram-se pela chegada de Tyrone Mears, lateral-direito de 35 anos que era suplente em Atlanta, e o médio defensivo Luiz Fernando, chegado do Fluminense, única verdadeira novidade do plantel.
Continua a ser uma equipa à imagem de Adrian Heath, um treinador de gestão, com um plano de jogo que prefere utilizar um bloco baixo e raramente apresenta uma ideia mais afoita. A equipa mantém Christian Ramírez, que confirmou o ano passado que pode ser um goleador na MLS, ainda que aproveitaria mais se tivesse melhor companhia. Ethan Finlay, pela direita, e Kevin Molino, pela esquerda, são praticamente os únicos municiadores de jogo.
Olhando para o plantel, é de facto difícil de imaginar de onde virá alguma surpresa, até porque nenhum dos restantes dos jogadores do plantel surja com alguma promessa de melhoria ou evolução digna de nota. Escapar ao último lugar da Conferência será uma missão complicada para os homens de Minnesota.
Real Salt Lake
Ainda que tenham ficado de fora do playoff, os Real Salt Lake foram das equipas mais entusiasmantes do segundo semestre de 2017 e chegam à nova temporada com largas ambições de sucesso. Mike Petke lidera um plantel cheio de talento e juventude que poderá realmente ter aspirações a conquistar o título. Albert Rusnak, médio-ofensivo eslovaco, é um jogador de potencial para se juntar aos melhores da Liga, tendo no equatoriano Joao Plata e no venezuelano Jefferson Savarino, dois jogadores de nível muito alto em termos ofensivos.
Mas não ficamos por aqui. A manutenção de Brooks Lennon, outra opção ofensiva, e Justen Glad, como líder defensivo, bem como a chegada da Europa do espanhol Alfredo Ortuño para o ataque, do croata Damir Kreilach para o meio-campo e do galês Andam Henley para lateral, oferecem um número de opções ao nível das melhores equipas da MLS.
Não esquecendo, ainda, que com a experiência de Nick Rimando na baliza, Demar Phillips, Kyle Beckerman e Luke Mulholland, o plantel detém um número suficiente de jogadores que estarão prontos para todas as eventualidades. É qualidade individual e qualidade coletiva, formando-se o encontro perfeito para tornar Salt Lake visita obrigatória na Conferência Oeste.
Sporting KC
Para os Sporting KC e para Peter Vermes, este é o ano depois da saída de Benny Feilhaber, criativo à volta de quem a equipa se construía nas últimas temporadas. Mas a saída de uma figura tão dominante no plantel poderá ser um bom momento de libertação, depois de ter visto sair Dom Dwyer durante a época passada. A equipa não parte do zero, mas parte com um plantel com potencial bastante mais elevado e não esconde que a ambição passa por discutir o título.
O chileno Felipe Gutiérrez chega para ser o novo médio ofensivo, com o francês Yohan Croizet e o escocês Johnny Russell a aumentarem as opções para as faixas. Aí, há Gerso Fernandes, português que depois de uma época inicial com impacto ofensivo, aposta em ter ainda mais regularidade. Na frente de ataque, Diego Rubio pode ser a aposta do treinador, ainda que existam muitas esperanças em recuperar Khiry Shelton depois de uma passagem pouco animadora pelos New York City.
A grande força dos Sporting KC mantém-se no setor defensivo, onde continuam todos os jogadores que fizeram desta a melhor defesa de 2017. Tim Melia na baliza é um valor seguro, Ike Opara e Matt Besler concorrem para ser das melhores duplas de centrais da Liga, enquanto Graham Zusi e Seth Sinovic (ou Jimmy Medranda) são laterais de nível alto. Com o recente reforço de Brad Evans, um dos jogadores mais experientes da MLS, chegado de Seattle, Kansas City será um castelo ainda mais inexpugnável.
Guia MLS 2018 – LuisCristovao.com
Conferência Oeste (I)
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