O primeiro passo rumo à Libertadores está dado, com a eliminação do Universidad de Chile. No fim-de-semana, chega o primeiro Gre-Nal no Estadual Gaúcho. O Internacional de Eduardo Coudet está em pleno crescimento.
A explicação da ideia
“Desde el primer día en que empecé como entrenador me sentí cómodo porque siento que no me costó pararme frente a un grupo a decir cómo íbamos a trabajar, cuáles eran las condiciones y cómo nos íbamos a manejar. Después es respeto de uno con otros. Soy claro, soy frontal. Intento hacer todo lo que a mí me gustaba de un entrenador. Seguramente me debe faltar mucho por aprender. Pero mi forma de manejarme es esta y la siento natural.”
Todos os jogos do Internacional com Coudet como treinador terminaram com o Colorado a somar mais de 60% de posse de bola. Não é contingência. É a forma como o treinador argentino vê o jogo e como quer que a sua equipa trabalhe. O pensamento de Coudet é bem claro. Pensa o jogo a partir da posse. Envolve o adversário com a sua agressividade com bola. Não permite qualquer descanso quando o adversário está em posse. É uma equipa que deseja bola. É uma equipa que sabe para onde caminha. E frente a La U todas essa senhas foram já deixadas claras.
Tudo tem resposta
“Grupalmente no me ha pasado que un jugador me diga que algo está mal. Creo que tenés estar preparado para que el jugador te crea y para convencerlo. Si alguna vez viene un jugador y te dice “no te parece que vayamos para allá”, vos tenés que tener fundamentos para decirle que no. Esos planteos de algún jugador puede ser desde la parte táctica. Cada por qué tiene que tener una respuesta. Hay que estar preparado porque lo que divide es la duda.”
A definição do grupo de jogadores com que vai trabalhar também vai sendo clara na formulação dos seus onzes. Aliás, o mesmo onze nos dois jogos da Libertadores. A clarificação dos papéis de Guerrero e D’Alessandro na frente. A compreensão das necessidades da equipa na forma como conjuga os quatro médios no corredor central. A agressividade dos laterais. Parece claro que, quando um jogador perguntar por algo, Coudet terá a resposta. A sua palavra é um bem altamente valorizado neste projeto.
As ideias de Eduardo Coudet no Internacional no Plano Tático de Leonardo Miranda.
Momento de arriscar
“Es que cuando mejor jugás te sacás el miedo a perder. Es un deporte en el que convivimos con los errores. Si tenés miedo a errar, los riesgos que tomes serán mínimos. Veinte años atrás tener los dos centrales a los costados del área no era algo común. Acá, un adelantado fue Lavolpe (Ricardo). Fue de los precursores de tomar ciertos riesgos. Y eso se da desde la repentización del trabajo. En ese sentido, el fútbol ha cambiado. Es un buen mensaje donde el como sea ya no es tanto como sea. Los equipos, pueden jugar más arriba o ser más defensivos, pero es posible identificar cómo juegan. Para mí no es lo mismo perder 1 a 0 y no cruzar la mitad de la chancha que perder 1 a 0 y creaste 20 situaciones de gol. Vos lo vas a reconocer y los de afuera lo van a reconocer. Te da tranquilidad el haber jugado bien y haber llevado al campo lo que vos preparaste.”
Ultrapassar o Universidad de Chile nesta primeira eliminatória da qualificação era o teste mais complexo, para um treinador que acaba de chegar ao Brasil, que tenta transformar o pensamento de jogo da sua equipa, que reconhece o nível de exigência que é colocado, sempre, no conjunto Colorado. O passo seguinte é confirmar esse bom momento no Gre-Nal. Devido ao posicionamento como segundo classificado, o Grêmio antecipou-se e será já adversário nas meias-finais do 1º Turno. Ao fim de sete jogos, sem qualquer derrota, Eduardo Coudet está preparado. Não deixa de dizer que veio para o Brasil para aprender. Mas também sabemos que chegou ao país para ganhar. O clássico Gaúcho é um momento de afirmação para o argentino.
Nota: Citações de Eduardo Coudet retiradas da sua entrevista ao Enganche, do Página 12, realizada a 3 de março de 2018.