À procura das regras mais simples para começar

Semana 26 – Com mais uma semana sem competição, perante um calendário de provas que se organiza de uma forma distanciada com aquilo que acontece nas escolas e nas vidas dos alunos, o foco dos treinos manteve-se nas melhorias individuais, com sessões diferenciadas para questões ofensivas e defensivas, aproveitando-se o fim-de-semana para dividir a equipa por outros escalões.

As atletas mais jovens aproveitaram o Convívio de MiniBasket para terem nova oportunidade para medir as suas potencialidades e experimentarem o que é estar em jogo perante o outro. O grupo que marcou presença tinha diferentes experiências e, para cada uma delas, foi encontrado um objetivo que deveria ser cumprido.

12805717_10208445118756191_3438041387760851207_nProcurou-se que quatro regras muito simples pudessem ser cumpridas nestes jogos. Primeira, nunca desistimos de nenhuma jogada. Segundo, ninguém está parado dentro de campo. Terceiro, jogamos sempre com os olhos no cesto. Quarto, temos responsabilidade de ficar com o jogador que defendemos. A partir daqui tentámos ramificar variantes, já que do nunca desistir se faz a ideia de lutar por todas as posses de bola com intensidade. Do ninguém está parado pretendemos que as atletas tenham consciência de que mesmo sem bola (ou sobretudo?), há trabalho a fazer para a ajudar a equipa. Dos olhos no cesto destacamos a importância de marcar para ganhar, mas também o de olhar as situações e leituras de jogo que nos permitem chegar lá em melhores condições. Da responsabilidade defensiva que colocamos em cada jogadora, nascerá depois também a importância da ajuda, com a ideia de parar o jogador com bola que surja no nosso caminho.

Para aquelas que tiveram nestes jogos experiências iniciais, estas regras não parecem muito difíceis de cumprir e encontraram assim oportunidade de se exporem perante a exigência que lhes vai ser colocada quando subirem de nível. Mas também havia neste grupo jogadoras que já têm prática habitual no escalão competitivo superior e, a essas, o desafio colocado foi mais exigente.

Habituar-se a ser a jogadora com mais responsabilidades dentro de campo, aquela para quem as outras olham quando sentem dificuldades. Habituar-se a, mesmo na dificuldade, manter a cabeça focada na sua tarefa. Habituar-se a, perante os erros das suas colegas, ser a pessoa que as apoia e ajudar a superar esses problemas. Habituar-se a levar a bola, habituar-se a ser quem lança mais vezes, habituar-se a ser quem o treinador coloca o nível de exigência mais alto.

Talvez seja a parte mais complicada da gestão da planificação de uma temporada a nível da formação, o fazê-lo sempre com este olhar no que acontecerá no ano seguinte e depois. Mas saber aproveitar as oportunidades para que as novidades surjam o mais cedo possível no trajeto de cada jogadora, é uma das chaves para o sucesso de amanhã.

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